Sojitz, ex-parceira da Reganosa, sela uma aliança com Alcoa para produzir um mineral chave para os microchips.
A japonesa Sojitz criou uma sociedade para explorar junto com a Alcoa a produção de gálio em uma de suas refinarias de alumina na Austrália.

Nova aliança para Alcoa. Após assinar o acordo com Ignis Eqt para que esta última entre como sócia com uma participação de 25% no complexo de San Cibrao, a multinacional americana estreitou agora as mãos com a japonesa Sojitz para a produção de gálio na Austrália.
A empresa japonesa divulgou um comunicado no qual afirma ter estabelecido uma joint venture com a Organização Japonesa para a Segurança dos Metais e Energia (JOGMEC) para investigar a produção de gálio “em uma das refinarias de alumina da Alcoa na Austrália Ocidental“.
Essa joint venture, denominada Japan Australia Gallium Associates (JAGA), fechou um acordo de desenvolvimento conjunto com a Alcoa para analisar a viabilidade de produzir esse mineral que “é reconhecido como um dos minerais críticos do mundo pelos governos do Japão, Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e Europa“, segundo informa a Sojitz.
A companhia japonesa, que até o final de 2023 gerenciou uma participação de 15% na Reganosa, revela que esse mineral “tem uma ampla gama de aplicações, incluindo LEDs, células solares fotovoltaicas e materiais semicondutores compostos”. “Além disso, espera-se que o crescente demanda por semicondutores impulsione ainda mais a demanda global por gálio”, adiciona a companhia.
O plano da Sojitz e Alcoa
“No futuro, JAGA e Alcoa realizarão estudos de viabilidade e verificação conjuntos, e prevê-se tomar uma decisão final de investimento até o final de 2025. Se o projeto prosperar, as empresas pretendem iniciar a produção em 2026 com o objetivo de estabelecer um fornecimento estável de gálio. A Sojitz planeja vender o gálio produzido para o Japão e outros países com demanda”, enfatiza a empresa japonesa.
“Esta oportunidade poderia agregar valor adicional às nossas operações estabelecidas e demonstrar ainda mais como as capacidades de processamento de minerais de longa data da Alcoa podem ser cruciais para apoiar os objetivos estaduais, nacionais e globais em tecnologia e defesa nacional”, apontou Elsabe Muller, presidente da Alcoa Austrália.
“Agradecemos a oportunidade de trabalhar com os parceiros da JAGA, incluindo a Sojitz, que tem uma sólida relação com refinadores e fabricantes de gálio intermediários e seria um cliente potencial no projeto”, destaca a Alcoa, que ressalta que a produção deste mineral está concentrada na China e sujeita a controles de mercado desde 2023.
Está previsto que a decisão definitiva sobre o investimento seja tomada no final de 2025.