O franqueado da Inditex na Venezuela pisa no acelerador: abre um Stradivarius e soma a sua quarta marca no país
A multinacional têxtil regressou ao território venezuelano há um ano e meio, com a abertura da maior loja da Zara na América Latina

A Inditex avança no seu retorno a Venezuela, que realiza através do franqueado Grupo Futura. A empresa inaugurou na semana passada uma loja da marca Stradivarius no centro comercial Sambil de Caracas. Esta é a quarta marca do grupo com sede em Arteixo que se instala no país depois de que em abril do ano passado começasse o seu retorno ao mercado.
Segundo as redes sociais do centro Sambil em Caracas, a loja, de cerca de 900 metros quadrados, abriu ao público na semana passada, reunindo um grande número de visitantes e compradores. Seria a primeira vez que a marca fundada pela família Triquell opera no país sul-americano.
Quatro lojas em Caracas
Com a chegada de Stradivarius, Inditex já soma quatro marcas e quatro lojas na Venezuela. Todas elas localizadas precisamente no centro comercial Sambil de Caracas.
O centro comercial conta desde abril do ano passado com uma flagship de Zara de 5.000 metros quadrados distribuídos em dois andares. No momento da abertura, a mídia venezuelana afirmava que era a loja mais grande da marca estrela de Inditex em toda a América Latina.
Além disso, o centro Sambil de Chacao também conta com um estabelecimento de Pull&Bear e outro de Bershka.
É certo que o retorno da Inditex ao país de Nicolás Maduro, pelo menos na sua operação, tem mais a ver com as decisões do franqueado que com a multinacional. O responsável pela franquia no país é o Grupo Futura, um conglomerado empresarial por trás do qual se encontra Phoenix World Trade, propriedade do empresário local Camilo Ibrahim, relacionado com a companhia aérea Plus Ultra.
Viajem de ida e volta
A multinacional de Amancio Ortega desembarcou na Venezuela em 1998. Os primeiros anos da sua implantação no país foram muito satisfatórios, segundo a imprensa da época, embora os problemas viessem na década de 2000. Foi em 2004 quando o então presidente, Hugo Chávez, chegou a acusar a companhia de “fraude fiscal”. Umas acusações que ficaram em nada. O grupo optou não por sair do país, mas por aliar-se com um sócio local através de um contrato de franquia, uma operativa que leva a cabo em mais territórios.
Foi em 2007 quando se associou, deste modo, com Camilo Ibrahim, que assumiu a representação das marcas da empresa e suas lojas. No relatório anual daquele exercício, Inditex indica que “vendeu a sua participação na sociedade Zara Venezuela a um terceiro, obtendo por isso um resultado de 24,5 milhões de euros”.
O franqueado manteve lojas físicas da Inditex no país até meados de 2021, quando optou por fechar as portas. O grupo de Arteixo chegou a contar com mais de 20 lojas, embora no momento da sua saída somasse cinco, todas em Caracas e de Zara, Pull&Bear e Bershka. Agora, pela primeira vez, também conta com Stradivarius.